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Angola está fora da lista das dez economias que mais devem crescer em 2025, segundo projecção do FMI

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Angola não consta da lista das dez economias que mais devem crescer no ano de 2025, de acordo com as projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgadas nesta sexta-feira, 11. Da lista constam seis Estados africanos e nenhum deles pertence ao grupo de Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

A análise do FMI, citada pelo portal moçambicano Integrity Magazine, destaca que as economias emergentes vão permanecer como protagonistas do crescimento económico global em 2025, e, entre as dez nações que vão liderar em taxas de crescimento, existe uma predominância significativa de países em desenvolvimento.

O Sudão do Sul, com uma taxa de crescimento de 27,2%, lidera a lista dos dez países com maior crescimento projectado pelo FMI, uma ascensão interpretada como um ‘efeito rebote’, já que em 2024 a economia do país sofreu uma queda de 26% devido a conflitos internos no vizinho Sudão.

O ‘efeito rebote’ é entendido como um fenómeno que ocorre quando acções bem-intencionadas para melhorar a eficiência ou reduzir o impacto ambiental de um produto ou serviço acabam por aumentar o consumo ou os impactos ambientais.

O FMI espera que o crescimento do Sudão do Sul seja impulsionado pela recuperação da produção de petróleo e uma maior estabilidade económica.

Entretanto, o segundo melhor indicador vem da Guiana, com um crescimento projectado de 14,4%, alavancado pela exploração petrolífera na Margem Equatorial, em colaboração com empresas americanas. Em 2023, a Guiana já havia registrado um aumento de mais de 40% na sua economia.

Estes dados ressaltam o sector de energia como um motor essencial para o desenvolvimento do país sul-americano. O cenário também reforça o papel crucial dessas economias na dinâmica económica mundial.

A Líbia, por sua vez, com uma taxa de crescimento de 13,7%, e o Senegal, com 9,3%, também figuram entre as economias emergentes de destaque, sendo que, para o caso da Líbia, a expansão nos sectores de energia e infra-estrutura tem sido fundamental para a recuperação da sua económica da Líbia, após anos de conflitos internos.

Já o Senegal tem beneficiado de investimentos em infra-estrutura que visam modernizar a sua economia.

Desempenho de países menores

Países menores como o Palau, uma pequena ilha no Pacífico, também mereceu destacado na análise do FMI. A economia do arquipélago deve crescer 8,5%, enquanto o Sudão, mesmo em meio a um cenário de guerra, espera um crescimento de 8,3%.

O Uganda, Níger e a Mongólia também aparecem na lista, com taxas de 7,5%, 7,3% e 7%, respectivamente, ao passo que o Butão fecha o ranking com 7,2%, sustentado por grandes projetos hidrelétricos.

*Com a Integrity Magazine e Capitalist

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