“Angola é uma boa plataforma para executar ataques cibernéticos”, revela especialista
O director dos Projectos Especiais de Segurança de Sistemas de Informações, Segurança Cibernética de Angola – ITEC, Carlos Soares, revelou, durante uma entrevista à Rádio MFM, em Lisboa, que Angola é uma boa plataforma para executar um conjunto de ataques cibernéticos, dadas as fragilidades do seu sistema.
A entrevista coincidiu com a divulgação da lista de lista de países que mais sofrem ataques cibernéticos em todo o mundo, estando Angola na quinta posição, com uma média de 36 mil ataques diários.
Carlos Soares, que considerou o país como “uma boa plataforma para executar um conjunto de ataques”, adiantou que os mesmos só têm vindo a acontecer devido à probabilidade de “a rede de Angola estar muito vulnerável”.
De acordo ainda com o director de Projectos Especiais de Segurança, o facto de a rede de informações do país estar numa situação de fragilidade, abre portas para que cibercriminosos escondam a origem dos seus ataques através do sistema angolano. “Isso permite que se esconda a origem de um ataque, utilizando Angola como plataforma para atacar outro sítio qualquer”.
Dados do Global Cybersecurity apresentados pelo especialista mostram que Angola é dos países com menos defesa de segurança cibernética, sendo por isso, um dos mais vulneráveis, devido à ausência de investimentos nesse sector. “Os bancos e a Sonangol são os principais alvos”, destacou.
Na opinião do especialista, o fraco entendimento sobre matérias de cibersegurança é um dos factores que “empurra” o país para o fundo da lista dos países com larga exposição em termos de segurança cibernética. Carlos Soares aconselhou as lideranças a entenderem o risco cibernético como um problema real e com impacto na vida das pessoas.