Angola é o quinto país africano com maior queda no crescimento real do PIB em 2025
A economia angolana é a quinta do continente africano com a menor perspectiva de crescimento em 2025, se comparado com o ano de 2024. A informação é avançada pelo relatório ‘África Pulse’, elaborado pelo Banco Mundial (BM).
O estudo do BM, que analisa as perspectivas económicas para a maioria dos países africanos em termos de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB), revela menos optimismo do que no ano passado.
Num grupo de dez países com maior queda no crescimento real do PIB, Angola figura na quinta posição, com uma taxa de crescimento de 2,7%, uma queda de 1,7%, se comparado com a taxa do ano passado (4,4%).
A lista é liderada pelo Sudão do Sul, com uma taxa negativa de -3,7%, seguido pela Guiné Equatorial, também com uma taxa negativa de -3,1%, ao passo que na terceira posição aparece o Ruanda, com uma queda de 1,9%, e na quarta o Gana, com 1,8%.
A lista segue com a República Democrática do Congo (RDC) e a Etiópia, ambas com perspectivas de queda real do PIB de 1,7%; Maurícias, com 1,5%; Cabo Verde, com 1,4%; e, por último, o Níger, com uma queda de 1,3%.
De acordo com o BM, essa tendência de declínio, verificado nessas nações, apresenta vários obstáculos e desvantagens para a trajectória de crescimento do continente.
“Essas nações têm o potencial de influenciar os padrões de comércio e a integração regional, servindo como pilares de estabilidade e poder económico em suas respectivas áreas”, fundamenta a instituição.
Para o Banco Mundial, as nações africanas com crescimento gradual estão a destacar-se num ano em que muitas economias estão a desacelerar. “Elas estão a criar a base para benefícios de longo prazo, maior importância global e melhores condições de vida para os seus povos”, refere aquela instituição financeira internacional.
De acordo com as explicações do BM, quando o PIB desacelera, os governos são menos capazes de criar empregos. E o facto de a população jovem africana estar em constante crescimento, com milhões de jovens a ingressarem no mercado de trabalho a cada ano, faz com que a criação de empregos fique atrás do crescimento populacional, uma vez que o desenvolvimento económico estagna, agravando o sub-emprego e o desemprego.
“Mais jovens podem ser forçados a trabalhar de forma informal ou instável, como resultado dessa circunstância, o que pode intensificar o descontentamento social”, acrescenta o estudo.