África do Sul vai a votos a 29 de Maio
De acordo com as sondagens, o Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), no poder desde as primeiras eleições democráticas do país em 1994, poderá perder pela primeira vez a sua maioria absoluta no Parlamento e ser forçado a formar um governo de coligação.
Em 13 de Janeiro, Ramaphosa, durante a celebração do 112.º aniversário do ANC, sublinhou a necessidade de uma vitória “clara” nas eleições gerais. “Não queremos uma coligação. O que o ANC precisa é de uma vitória clara”, defendeu.
Nas eleições autárquicas de 1 de Novembro de 2021, o ANC sofreu os piores resultados da sua história, obtendo, pela primeira vez, menos de 50% do total dos votos expressos a nível nacional (47,9%).
Sondagens recentes sugerem que o ANC poderá voltar a ter menos de 50%.
Embora o Presidente destaque habitualmente os progressos registados nas últimas três décadas em matéria de direitos laborais, habitação ou acesso à educação, também admite que o país tem de resolver problemas como a criminalidade ou a crise energética, que tem provocado constantes cortes de eletricidade nos últimos anos.
Apesar de ser a economia mais industrializada do continente, a África do Sul continua a sofrer de elevados níveis de desemprego e é um dos países mais desiguais do mundo, sendo a cor da pele ainda um fator determinante.
Depois de ter sido implicado num alegado caso de corrupção que quase forçou a sua demissão, Ramaphosa foi reeleito em dezembro de 2022 como líder do partido no poder para um mandato de cinco anos.
No sistema de Governo sul-africano, os deputados elegem o Presidente, o que significa que um partido ou coligação com maioria no Parlamento controla o executivo e o legislativo.