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ACJ garante em Benguela uma mudança para Angola “além dos limites partidários”

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O líder da UNITA e candidato às eleições gerais de 24 de Agosto, Adalberto Costa Júnior, sustentou, em Benguela, no dia de lançamento da campanha eleitoral do seu partido, a firme convicção de que uma mudança em Angola é possível, sim, bastando que esta se baseie numa ideia para lá dos “limites partidários”.

Adalberto Costa Júnior, que falava num acto político que serviu para apresentação da imagem oficial de campanha da UNITA, chamou a atenção para a situação da justiça em Angola, que considera não estar ao serviço de todos os angolanos.

“Quando a justiça está posta em causa, os direitos de todos estão postos em causa. De todos, inclusive daqueles que têm cartões de pertença, que quando levantam uma voz discordante, levam com o rolo da massa por cima. Todos aprenderam isto. E, por isso, é que a mudança é possível, porque vai ser uma mudança que vai estar para além dos limites partidários. Vai ser uma mudança por Angola, da realização de Angola”, assegurou o cabeça-de-lista da UNITA.

O líder do Galo Negro garantiu que o manifesto eleitoral do seu partido contém as linhas de força necessárias para realizar Angola, que, na sua opinião, tem sido adiada por várias razões:

“Por falta de visão política, por falta de vontade política e às vezes por falta de inspiração ou de ideias claras sobre o futuro que nós queremos construir”.

Para que este desiderato possa ser alcançado, o líder da UNITA aponta o diálogo permanente, abrangente, num espaço específico e próprio, como o primeiro passo para alterar o estado de coisas no país.

“É na Assembleia Nacional, onde nós temos de chamar todas as vozes, todas as forças, toda a representação deste país diferenciado, que é Angola, e ouvir a todos, para governar para todos”, afirmou o político, salientando que estas “são as reformas que quem governa nunca teve a coragem de realizar”.

“Porque está convencido que só a governação vertical dos poderes absolutos concentrados lhes garante a continuidade do poder”, completou.

Para Adalberto Costa, os partidos não são mais importantes do que o país e nunca serão, já que, defendeu, “é Angola que conta”.

“Nem a UNITA, nem o MPLA, nem a FNLA, nem qualquer outro partido se sobrepõe à nossa nação, à materialização de Angola. E nós vamos fazer a reforma do Estado, e vamos também fazer a reforma da administração partidária, que é uma outra realidade”, prometeu.

“Com a reforma do Estado nós vamos realizar o poder local, é um compromisso. Um ano depois, temos o poder local realizado em Angola. A aproximação entre o cidadão e o governante. Uma governação complementar e autónoma, que só nós o vamos fazer”.

Adalberto Costa Júnior voltou a ‘piscar o olho’ a Cabinda e à situação político-militar vivida naquela parcela do território angolano, sobretudo por conta das acções de guerrilha a que ainda se assiste.

“Muitos aspectos têm sido anunciados. Precisamos de ter um país em paz. E para isso vamos dialogar, sem limites de esforço, para que em Cabinda a paz seja também uma realidade, e que se encontre um estatuto de autonomia, através do diálogo com aquela parte do território nacional. Temos capacidade e temos a certeza que vamos conseguir materializar”, assegurou.

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