Abertas candidaturas para o envio de 300 licenciados/mestres para o exterior do país
O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação anunciou nesta segunda-feira, 17, que estão abertas as candidaturas ao programa de envio anual de 300 licenciados ou mestres, com elevado desempenho e mérito académico, para as melhores universidades do mundo, edição 2022.
De acordo com o Decreto Presidencial n.º 67/19, de 22 de Fevereiro, exarado pela ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança Sambo, os candidatos às bolsas poderão efectuar a formação em 27 países de diferentes continentes, entre os quais a África do Sul, Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos da América, França, Japão, Noruega, Portugal, Reino Unido, Rússia, Ucrânia e outros.
As bolsas de estudo disponíveis para o ano de 2022 são nas especialidades médicas e mestrado, para candidatos com até 30 anos, e doutoramento, para candidatos com até 35 anos de idade, desde que tenham uma média igual ou superior a 16 nos níveis académicos precedentes.
Para o efeito, os candidatos devem ser cidadãos angolanos e apresentar como documentos necessários a cópia do Bilhete de Identidade ou passaporte, carta de recomendação de um professor e/ou orientador, empregador ou ex-empregador que conheça o candidato; declaração de frequência de estudo da instituição (para os que estão em pós-graduação numa instituição de ensino superior estrangeira de referência), diploma e certificado de licenciatura com notas discriminadas, para candidatos à bolsa de mestrado e especialidades médicas.
Os candidatos devem ainda apresentar o diploma e certificado de mestrado com notas discriminadas (para doutoramento), declaração de homologação/reconhecimento dos estudos emitidos pelo Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior (INAAREES), esboço do projecto de investigação (para os candidatos ao doutoramento) e declaração de compromisso, caso sejam seleccionados no caso de regressar ao país após a conclusão da formação.
De acordo com o despacho, o processo de selecção decorrerá em Angola e será assegurado por um júri nacional, a ser constituído por sete fases consecutivas e eliminatórias, nomeadamente candidatura, análise documental, testes de conhecimento, entrevistas centradas nas competências, entrevista final, exames médicos e selecção pela instituição de ensino superior estrangeira.
O decreto estabelece que o programa de execução anual “suportará os custos com o subsídio de bolsa, propinas, passagens aéreas de e para Angola, subsídio para a investigação e participação em eventos científicos”.
Constam dos critérios de selecção a idade mais baixa entre os candidatos, o potencial intelectual, a classificação mais elevada nos testes escritos de conhecimento no domínio científico em que se candidatarem, o domínio da língua do país de acolhimento, o compromisso de regressar ao país após o fim da formação pós-graduada e trabalhar por período mínimo de cinco anos em qualquer organismo da administração pública ou privada do Estado, após a conclusão da formação neste programa.
Para concorrerem, os interessados devem candidatar-se a partir da data da publicação do documento, até ao dia 31 de Março do ano em curso, através do portal http://candidatura.inagbeangola.com.
O despacho determina ainda que os testes de conhecimento sejam realizados a nível das províncias de Benguela, Cabinda, Cuando-Cubango, Huambo, Huíla (Lubango), Luanda, Lunda-Norte (Dundo), Malanje e Namibe.