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EUA impedem naturalização de imigrantes devido aos países de origem

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Agentes federais norte-americanos impediram em Boston uma cerimónia de naturalização de imigrantes por estes serem originários de países afectados pela recente suspensão selectiva de pedidos de imigração do governo dos EUA, noticiou a comunicação social local.

De acordo com o canal GBH de Boston, citado pela agência espanhola EFE, os agentes do Serviço de Cidadania e Imigração (USCIS) compareceram na quinta-feira na cerimónia, que representa o último passo do processo de naturalização e inclui o juramento de lealdade aos EUA, no monumental Faneuil Hall.

O órgão de comunicação indica que os agentes do USCIS disseram aos imigrantes que já estavam na fila que não podiam continuar devido aos seus países de origem e que o mesmo aconteceu em outros eventos em todo o país desde que o governo impôs a suspensão a 19 países que considera “de alto risco”.

Uma das pessoas afectadas foi uma haitiana com autorização de trabalho permanente (“cartão verde”) há duas décadas, cliente da plataforma ‘Project Citizenship’, cuja directora executiva, Gail Breslow, disse não ter recebido uma notificação de cancelamento, como outras pessoas.

“Ela apresentou-se conforme programado e, quando chegou, os funcionários estavam a perguntar a todos de que países eram e, se mencionassem um determinado país, eram convidados a sair da fila e as suas cerimónias de juramento eram canceladas”, disse Breslow à GBH.

O governo do Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou em 2 de Dezembro a suspensão de todos os pedidos de imigração apresentados por cidadãos de 19 países incluídos numa proibição de viagens, entre eles Cuba, Venezuela, Haiti e Somália.

A decisão do governo afeta os processos de residência permanente, naturalização e outros trâmites migratórios supervisionados pelo USCIS e resultou no cancelamento de entrevistas e cerimónias de naturalização.

A medida acontece num contexto de crescente repressão aos imigrantes e após recentes incidentes de segurança nacional, incluindo o tiroteio de dois membros da Guarda Nacional em Washington, atribuído a um afegão com estatuto de asilo.

LUSA

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