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MSF’s cholera treatment centre, located in Kassala, was flooded after heavy rains the previous night. The centre, based in tents, provides urgent care to cholera patients. Available space within the hospital was quickly reorganized to welcome patients coming from the flooded tents. Despite the challenging conditions MSF teams continue their efforts to treat those affected by the outbreak, working to maintain operations and ensure that patients receive life-saving care.

Angola regista quarto maior aumento global de casos de malária entre 2023 e 2024

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O ‘Relatório Mundial sobre a Malária 2025’ da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que Angola é o quarto país no mundo a registar os maiores aumentos de casos da doença nos últimos dois anos.

Segundo o documento, divulgado pela OMS, nesta quarta-feira, 3, em Washington, Estados Unidos de América (EUA), houve cerca de 282 milhões de casos de malária em todo o mundo, sendo a maior parte na África Subsaariana, onde a transmissão é considerada “moderada a alta” e sistemas de vigilância “menos robustos”.

Em África, os países com os maiores aumentos de casos entre 2023 e 2024 foram a Etiópia (+2,9 milhões de casos), Madagáscar (+1,9 milhão), República Democrática do Congo (+762 mil), Angola (+420 mil) e o Ruanda (+351 mil). O Zimbabué destaca-se pela positiva, devido à redução dos casos em 76,6% (-487 mil).

De acordo com o ‘Relatório Mundial sobre a Malária 2025’, cinco países ― nomeadamente Nigéria (24,3%), República Democrática do Congo (12,5%), Uganda (4,7%), Etiópia (4,4%) e Moçambique (3,6%) ― foram responsáveis por quase metade de todos os casos mundiais em 2024.

Em relação ao número de mortos, a OMS calculou em 610 mil a cifra global, tendo a região africana representado 95% das mortes (579 mil).

Nigéria (31,9%), RDC (11,7%) e Níger (6,1%) foram responsáveis por metade de todas as mortes na região africana.

A OMS salientou ainda que a Argélia, Cabo Verde e o Egipto foram certificados como livres de malária e que o Ruanda, a África do Sul e o Zimbabué estão “no caminho certo para atingir o marco, em 2025, de pelo menos uma redução de 75% na incidência de casos de malária”.

Por outro lado, as Comores, a Eritreia, Madagáscar e São Tomé e Príncipe tiveram aumentos na incidência de casos de 70% ou mais desde 2015.

Para o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado no relatório, embora alguns países, como os do Sudeste Asiático, se mantenham no caminho certo para cumprir as metas globais, outros, particularmente em África, continuam a registar alta transmissão e mortalidade.

“Em 2024, os ministros da Saúde dos países africanos com elevada carga da doença assinaram a Declaração de Yaoundé [nos Camarões], reconhecendo o seu papel de liderança no aumento da resposta à malária em África”, recordou.

A principal causa de morte em Angola continua a ser a malária, uma doença infecciosa que afecta principalmente os países de clima tropical e subtropical, transmitida através da picada da fêmea do mosquito Anopheles (principalmente ao entardecer e à noite), infectada pelo protozoário do género Plasmodium.

A doença pode ser também transmitida por transfusão de sangue contaminado, através da placenta para o feto e por meio de seringas infectadas.

Recentemente, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, revelou que Angola, a partir do próximo ano, vai introduzir a vacina contra a malária no seu programa nacional de vacinação.

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