SIC interrompe na província de Icolo e Bengo a instalação daquele que seria o “maior centro de mineração de criptomoedas do país”
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve, na localidade da Quiminha, na província do Icolo e Bengo, três cidadãos chineses, na sequência de uma micro-operação que resultou no desmantelamento de um complexo para a instalação daquele que seria, presumivelmente, o maior centro de mineração de criptomoedas no país.
Segundo um comunicado do SIC, foram descobertas e desmanteladas cinco naves que estavam a ser equipadas para a mineração de criptomoedas dentro de um complexo na Quiminha, onde estes implantaram uma subestação com 15 postos de transformação de energia eléctrica.
A nota refere ainda que a acção resultou também na apreensão de grandes quantidades de material eléctrico e informático de alto valor, como ventiladores, filtros de ar, entre outros, usados para mineração de criptomoedas.
No passado dia 3 de Janeiro, o SIC já havia anunciado o desmantelamento de um estaleiro clandestino de mineração de criptomoedas, igualmente localizado na província do Icolo e Bengo, mas no município do Sequele, onde nove pessoas acabaram detidas, entre as quais quatro chineses que lideravam a rede, e cinco angolanos.
Os cidadãos chineses dissimularam no estaleiro uma actividade de compra de material ferroso, do tipo alumínio, proveniente de latas de refrigerantes e material informático para exportação.
Porém, no local encontravam-se instalados equipamentos num valor acima de 3,7 milhões de dólares norte-americanos (3,3 mil milhões kz), estimando-se que eram mineradas diariamente 3,3264 em valor de bitcoin com um lucro diário acima dos 320 mil dólares (cerca de 390 milhões kz).