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Economia nacional deverá crescer 3,3% e inflação fixar-se entre os 9 e os 11% até final de 2023, prevê BNA

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A economia nacional deverá registar, até final de 2023, um crescimento de 3,3%, com a taxa de inflação a cifrar-se entre os 9 e os 11%, segundo estimou o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano.

Ao falar em conferência de imprensa, após a 109.ª reunião do Comité de Política Monetária (CPM) do BNA, em Luanda, José Massano avançou que, em 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,17%, suportado essencialmente pelo sector não petrolífero, com destaque para os serviços mercantis, sector diamantífero, agricultura e sector de construção.

Nesse ano, continuou José Massano, a economia naacional observou “uma forte desaceleração do nível geral de crescimento dos preços, com a taxa de inflação, no final do ano, a alcançar os valores mais baixos dos últimos cinco anos”, isto é, fixando-se nos 13,86%, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o governador do banco central, o comportamento da inflação deveu-se ao curso da política monetária, à apreciação da moeda nacional em relação às moedas usadas nas trocas comerciais, bem como ao aumento e regularidade da oferta de bens de amplo consumo, com destaque para os bens alimentares.

Para 2023, avançou Massano, “o BNA prevê que a economia nacional prossiga uma trajectória ascendente, crescendo a uma taxa em torno de 3,3%”.

Em relação à taxa de inflação, o responsável perspectiva que a mesma continue o seu percurso de desaceleração em 2023, terminando o ano em um dígito ou muito perto disso.

“Temos um comportamento de preços em contra-ciclo com o que está a acontecer em outras economias e cria-se uma oportunidade para ter taxas de juro mais favoráveis”, disse o responsável, adiantando que o BNA está a migrar para o regime de metas de inflação.

No final da reunião, o CPM decidiu reduzir todas as taxas directoras do banco central, nomeadamente a taxa básica de juros (taxa BNA), que passou de 18,5 para 18%, a Taxa de Juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez, de reduziu de 21 para 18%; e da Taxa de Juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez, que saiu dos 15 para os 14%;

O banco central justificou o alívio com a redução da taxa de inflação em 2022, que se situou em 13%.

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