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CGSILA diz que o executivo não tem qualquer interesse em melhorar a qualidade do ensino no país

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A Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA) acusou, nesta quarta-feira, 14, o governo de João Lourenço de ser autor de práticas que lesam a qualidade de ensino no país.

O secretário-geral da CGSILA, Francisco Jacinto Gaspar, que falava durante uma conferência de imprensa, realizada nas instalações da referida instituição, em Talatona, na terça-feira, advogou que “há um claro interesse por parte do governo em não atender às reclamações dos professores”.

“É triste hoje ver o Ministério da Educação a praticar os actos que está a praticar, ir à busca de pessoas alheias à docência, pessoas administrativas para fazerem a vez dos professores. É uma verdadeira vergonha, vermos o nosso executivo a praticar actos corporativos”, lamentou o sindicalista.

Durante o encontro, que contou com a presença de representantes dos sindicatos de vários sectores de actividade das demais províncias do país, Francisco Jacinto chamou a atenção para a “tese” defendida pelo sindicato de que “a debilidade do ensino em Angola é proposital”.

“Trata-se de uma política propositada para que não se desperdiçasse, para que não se ensinasse um cidadão a ter consciência própria dos seus direitos e deveres. Ou seja, a mutação do ensino foi propositada, daí vermos os resultados com todos os desrespeitos, com toda a falta de ética, com todos os desvalores cívicos que se verifica nas atitudes do Ministério da Educação”, analisou.

“Colocarem seguranças, senhoras da limpeza a acompanharem os nossos alunos?! O que fica é o questionamento de como serão corrigidas essas provas. É esse o tipo de ensino que o executivo quer?”, questionou o líder sindical.

A CGSILA controla, neste momento, mais de 12 sindicatos que já existem há mais de 20 anos. Porém, o sindicalista lamenta que estes sindicatos não tenham a sua situação regularizada, devido às dificuldades que encontram no processo de reconhecimento junto do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos.

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