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Conta corrente de Angola com superavit de 4,7 milhões USD no I trimestre de 2022

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A conta corrente da Balança de Pagamentos angolana registou, no primeiro trimestre deste ano, um saldo superavitário de 4 715,4 milhões de dólares norte-americanos, equivalente a 18,1% do Produto Interno Bruto (PIB), anunciou o Banco Nacional de Angola (BNA), através do Relatório da Balança de Pagamentos e Posição de Investimento Nacional.

O banco central angolano justifica a evolução positiva da conta corrente pelo aumento dos excedentes da conta de bens, apesar do agravamento do défice das contas de rendimentos primários e secundários.

O referido documento refere ainda que, em termos globais, a balança de pagamentos registou, nos primeiros três meses de 2022, um saldo deficitário na ordem de 278,6 milhões de dólares norte-americanos, o que representa uma melhoria face ao défice do trimestre anterior, que foi avaliado em 1.079,9 milhões de dólares norte-americanos.

A posição líquida do investimento internacional registou, igualmente, uma melhoria do seu défice que se cifrou em 21.069,9 milhões USD, contra os 24.478,6 milhões do trimestre imediatamente anterior, em função do aumento dos activos financeiros e redução dos passivos do país face a não residentes.

O saldo da conta de bens passou de 6.878,2 milhões de dólares norte-americanos, no quarto trimestre de 2021, para 8.910,6 milhões de dólares norte-americanos, no período em referência; um aumento considerável, justificado pela recuperação do preço médio dos principais bens (matérias-primas) exportados por Angola, nomeadamente o petróleo bruto, gás e diamantes.

As receitas de exportação, segundo o documento oficial do BNA, aumentaram em 2.538,8 milhões de dólares norte-americanos, ao situarem-se em 12.562,2 milhões de dólares norte-americanos, contra os 10 023,5 milhões USD do trimestre anterior, fortemente impulsionado pelo sector petrolífero.

O preço médio de petróleo bruto (ramas angolanas) registou um crescimento de 30,1%. Não obstante a ligeira redução do volume exportado de petróleo bruto, o aumento do preço revelou-se suficiente para expandir as exportações, ressalta o relatório, no qual se lê igualmente que a variação do preço de petróleo teve um efeito positivo sobre o valor exportado, na ordem dos 101,3%, ao passo que o comportamento das quantidades apresentou um efeito negativo de 1,8%.

A carteira de exportações do sector não petrolífero continua a apresentar um peso residual, e muito dependente do sector diamantífero, cujas exportações aumentaram de 396,3 para 479,1 milhões de dólares norte-americanos.

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